Título: Filosofia da Educação Matemática : concepção fenomenológica
Vigência: março de 2005 a fevereiro de 2008

Resumo dos principais resultados obtidos e avanços teórico, experimental e prático

O projeto de pesquisa que vigorou no período de março de 2005 até fevereiro de 2008, teve como meta efetuar uma consolidação do já que fora investigado, durante sua trajetória, a respeito de fenomenologia, matemática e educação matemática.

Avançou em termos de apresentar articulações sobre concepção de Filosofia da Educação, Filosofia da Matemática e Filosofia da Educação Matemática, evidenciando concepções de mundo, de conhecimento, de realidade, de pesquisa, de educação, incluindo aspectos de ensino, de aprendizagem, de avaliação e de objetos matemáticos.

Sendo uma investigação sobre Filosofia da Educação Matemática, assumida como fenomenológica, o FEM analisou fenomenologicamente conteúdos matemáticos, em aritmética e geometria, e caminhou de modo a explicitá-los mediante exemplos e propostas de atividades pedagógicas. Avançou, teoricamente em direção à compreensão da constituição do número, da álgebra, da presença do diagrama na produção do conhecimento matemático. Avançou também à concepção de matemática como ciência dos padrões que hoje está fazendo sentido frente ao mundo da tecnologia, principalmente dos computadores e à própria teoria matemática.

Mais um avanço do trabalho desenvolvido pelo FEM neste período, é expresso pela proposta de um livro de Filosofia da Educação Matemática que assume o pensar fenomenológico. A seguir apresentamos a estrutura desse livro em uma primeira versão.

  • Proposta do livro

Título: Filosofia da Educação Matemática: compreendendo, agindo e refletindo fenomenologicamente.

Parte I

Fenomenologia em Filosofia da Educação Matemática

Capítulo 1: Filosofia da Educação Matemática segundo uma perspectiva fenomenológica.

Maria Aparecida Viggiani Bicudo

Capítulo 2: Concepção Fenomenológica da Matemática.

Jairo José da Silva

Parte II

Concepção Fenomenológica de Número

Capítulo 3: o número e alfabetização matemática – uma visada fenomenológica

Verilda Speridião Kluth

Capítulo 4: Uma história dos números segundo o enfoque fenomenológico

Carlos Vargas

Capítulo 5. Conhecimento Numérico: um passeio por diferentes concepções culturais.

Roger Miarka e Tânia Baier

Capítulo 6. A compreensão dos números naturais apresentada pelas crianças.

Maria de Fátima Teixeira Barreto e Maria Queiroga Amoroso Anastácio.

Parte III

A concepção de Geometria em Fenomenologia - um prelúdio

Capítulo 7: Uma síntese compreensiva da Geometria na perspectiva fenomenológica.

Fabiane Mondini ; Luciane Ferreira Mocrosky; Marli Regina dos Santos.

Capítulo 8: O significado dos diagramas na produção do conhecimento geométrico.

Rosa Monteiro Paulo

Capítulo 9: O Trabalho com pavimentações no ensino e na aprendizagem da geometria assumindo uma atitude fenomenológica.

Marli Regina dos Santos.

Parte IV

Palavras Finais .

Capítulo 10: Possibilidades Pedagógicas

Principais fatores negativos e positivos que interferiram na execução do projeto

Positivos:

•  O projeto integrado possibilita articular pesquisas efetuadas por pesquisadores diferentes, aumentando a abrangência e profundidade do tema investigado. As variações dos temas e dos procedimentos constituem-se aspectos relevantes para a teorização efetuada.

•  O projeto, ao ser aprovado pelo CNPq, impõe prazos o que faz com que se abram espaços para encontros, virtuais e presenciais, da equipe. Há uma e-lista pesquisa-cnpq@nlk.com.br que viabiliza a discussão contínua dos membros e reuniões presenciais.

•  Há uma formação continuada dos pesquisadores que compõem o grupo. Essa formação contribui para a melhoria do ensino que promovem e da formação dos professores para quem oferecem cursos e de outros profissionais.

•  O FEM – Fenomenologia em Educação Matemática está se ampliando: novos membros estão participando de suas reuniões de estudos e produção acadêmica.

Negativos:

•  Falta de verbas para maior divulgação dos trabalhos e para sustentar reuniões presenciais. Solicitamos verbas ao CNPq mediante projeto de auxílio à pesquisa. Tivemos a proposta bem avaliada, mas não implementada.

•  As incumbências da vida profissional nas Universidades com outras atividades diferentes da pesquisa dificultam o andamento dos trabalhos. Destacam-se aquelas concernentes à área administrativa que, nas Universidades, têm adquirido cada vez maior evidência, mostrando uma tendência nefasta às atividades fins.

•  Afastamento de alguns membros já formados pelo FEM, como Dr. Paulo Isamo Hiratsuka e Dr. Adlai Raph Detoni e de outros que haviam se comprometido quando do encaminhamento deste projeto ora relatado: Dra. Marília Martins Coelho, Professora Ms. Maria Elisa Furquim Nakamura e do Professor Ms. Mário Gaspar Parente. O afastamento desses componentes não prejudicou a efetivação da proposta do Grupo, pois outros membros foram admitidos e tornaram-se responsáveis pelo trabalho a ser realizado.

Voltar